por Robson Joaquim
Muito se fala de preconceito em modo geral, evidenciando principalmente as falhas humanas nos aspetos do respeito para com o próximo, conviver com diferenças não se restringe apenas em possuir certa tolerância, mas sim respeitar e ser respeitado. É entender que não existem pessoas iguais, mas semelhantes. Não só do ponto de vista físico e mental, mas, sobretudo a nível sentimental e também emocional.
A humanidade se prende às diferenças existentes entre os indivíduos, mas esquece de que todos nós possuímos a uma mesma origem, e se observarmos à nossa volta conseguiremos identificar características semelhantes no físico e no comportamento o que nos prova que pertencemos à mesma espécie.
Mas, mesmo em face destas evidências, nem sempre existe uma identificação com o outro, sendo que estas diferenças podem, por vezes, originar conflitos culturais. O preconceito racial demonstra a hipocrisia da nossa sociedade, uma vez que a cor não define a ética, moral, inteligência nem carácter dos seres humanos.
Hoje, vivemos em uma democracia, onde todos nós possuímos os mesmos direitos e deveres, no entanto se observa que ainda há preconceitos infantis como para com os deficientes físicos, o que enfatiza a falta de respeito para com o próximo, apenas pela aparência ou dificuldade em exercer suas atividades diárias com a mesma capacidade e facilidade de uma pessoa saudável. As pessoas esquecem que o deficiente físico é um ser humano como outro qualquer, capaz de superar as suas dificuldades e enfrentar os obstáculos do dia-a-dia.
Sem falar que existem diversas outras diferenças que infelizmente plainam dentro da na nossa sociedade, por exemplo, o idioma, a cor do cabelo, as roupas, cidade de origem, credo ou religião ou qualquer outra coisa que diferencie os indivíduos. O que precisamos entender é que essas diferenças não definem o que cada um é interiormente, mas sim o comportamento e forma como agem perante a sociedade, pois no final, a verdade é que somos todos semelhantes.
Conviver com diferenças é uma tarefa árdua, e precisa ser trabalhada no ego de cada um de nós, é necessário que todos tenham o mínimo de consciência de que as diferenças sejam elas quais forem, precisa ser encarada como uma necessidade humana e da convivência, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaço para que as nossas diferenças também sejam respeitadas.
Apesar de todas as distinções que os nossos olhos enxergam, somos todos iguais dentro da sociedade, todos humanos. Respeitar ao próximo e aceitar suas diferenças é um dos primeiros princípios de uma sociedade justa, e só pensando desta forma que poderemos construir um mundo sem preconceitos, fraterno, encantador e no mínimo habitável.