O dia acaba. O dia começa. Renasce o sol com toda força e tenacidade que lhe é peculiar. Diretamente em nossos rostos ou mascarado por nuvens que nos protegem desse gigante que com destreza ilumina as nuvens para que vejamos uns aos outros. Poesia barata ou não, é tão certo quanto o que veremos na imprensa ao consultar o jornal depois de acordar, ver na internet na nossa rede social ou na TV nos jornais matutinos, vespertinos ou claro os noturnos, que agregam tudo o que aconteceu durante o dia.
E o que é? Notícias de desgraças. De falcatruas, de corrupção. E tudo mais que seja odioso ou que tenha alguém sendo passado pra trás, morrendo ou sofrendo. Por culpa de outro alguém ou até por obra do acaso.
Claro, a imprensa tem outras vertentes. A imprensa esportiva, a cultural e assim por diante. Mas sempre que abrimos um grande portal na internet a manchete principal é alguma coisa chocante ou revoltante.
O ser humano parece ser afeito a notícias terríveis. Das boas pouco se fala, pois muito provavelmente a insanidade do ser humano é muito mais virulenta do que a bondade. Não ouvimos notícias de políticos que não faltam a sessões parlamentares, notícias de pessoas que são ajudadas por um monte de outras e assim por diante. Será que o lado bom não existe então? Claro que existe, vemos no nosso dia a dia. Elas apenas não aparecem para nós via imprensa.
Parece que a desgraça precisa da imprensa tanto quanto a imprensa precisa dela. Não que seja a imprensa causadora dela nem que ela deixaria de existir se a imprensa não noticiasse. E claro muitas delas precisam mesmo ser ditas. Mas a ênfase no ruim é sempre muito maior do que naquilo que é bom.
Será que assim não contribuem para que desgraças cada vez mais aconteçam? É possível lembrar do filme “O Abutre”. Nele um aspirante a repórter faz de tudo para dar a notícia. Inclusive ao fim chega a criar um fato novo para poder dar a notícia.
Fato é que precisamos de uma mudança de cultura. Pois a atual está desgastada e não traz nada além de mais e mais notícias ruins para serem vistas. Quem tiver sugestão ou solução que levante a mão.