Você sabe aonde está se metendo?
Você sabe aonde está se metendo!
Você sabe aonde está se metendo…
Vale a pergunta, vale a exclamação, vale a lamentação. Acontecimentos recentes de violência que escandalizam o internauta os fazem bradar na internet. Se revoltar. Questionar e porque não tentar entender.
Dois mais “recentes” que vem a memória são dignos de filmes de terror. A garota que sofreu estupro coletivo no Rio de Janeiro e o rapaz que está em estado grave porque foi agredido durante a manifestação de primeiro de maio em Goiânia. Ambos casos sem justificativa. por quais nunca um ser humano deve passar.
Mas o questionamento cabe, sem ressalvas, em todo caso em que uma pessoa passa por acontecimentos como esses. Não estamos falando de uma senhora que foi pro hospital e saiu sem vida por ter, segundo a família, sido agredida pelo enfermeiro. Caso que se verdade é escabroso e lamentável ainda mais do que o que citamos acima. Nesse caso espera-se a cura, e se recebe a morte.
Nos casos da garota e do estudante, o que se espera?
Uma garota vai para o morro para um lugar com dezena ou dezenas de traficantes, para uma festa ou o que for. Ou seja, está com pessoas que praticam algo fora da lei. Drogas, armas e o que quer que se imagine. Estaria ela só cercada de pessoas de boa índole e que prezam pela vida humana?
O estudante vai para uma manifestação. De protesto, justo, contra reformas que ele é contra. Já conhecidos, os black blocks aproveitam dessas para depredar e causar brigas. Ficam encapuzados e procuram sair ilesos da contravenção que cometem. O estudante em certo momento faz o mesmo (esconde o rosto com a camiseta). E tem outros por perto com a mesma vestimenta. Ele imaginava que esses ecapuzados eram pessoas de bem que fariam uma manifestação pacífica e não seriam reprimidos?
Inocência, boa vontade ou simples assunção de risco?
Existe diferença entre estar dentro de casa e passar por um evento como os passados pelos dois acima. Tão clara quanto ir a Alepo e achar que está tranquilo para viver dias felizes e suaves. Você no mínimo precisa saber aonde está se metendo quando sai de casa rumo ao que quer vá. Nada justifica os fatos que tomaram corpo de realidade, como os citados acima. Mas tendo um pouco de inteligência sempre se sabe quando estamos ou não passando riscos desnecessários.
Não temos ideia, a não ser por pré julgamento se os dois citados no texto são dignos da exclamação, da interrogação ou da lamentação.