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10 constatações sobre o primeiro turno do Corinthians
O que o primeiro turno do Timão diz sobre o campeonato e o futebol brasileiro

1- Carille se preparou como ninguém antes para a função de técnico do Corinthians. Nem com um elenco milionário alguém esperaria que ele chegasse em primeiro, muito menos com o recorde de pontos que o fez.

2- Dinheiro não se traduz em desempenho garantido dentro de campo. O Corinthians com dívidas astronômicas conseguiu trazer jogadores que muitos acham comuns e outros que só deram certo no prório Corinthians, enquanto times como Palmeiras e Flamengo gastaram pesado para contratar.

3- Nome não é igual a competência. Tanto jogadores quanto técnicos muito mais badalados inclusive pela imprensa não conseguiram suprir as expectativas dos torcedores e dos dirigentes.

4- Blindar o time de problemas políticos ajuda e muito. Vemos dois lados opostos. Corinthians e São Paulo. Ambos tem dificuldades sérias em suas adminstrações. Brigas políticas internas e relações conflitantes. Um time está para ser rebaixado, outro para ser campeão.

5- Os recordes do Corinthians do primeiro turno ficarão para história. Invencibilidade e pontuação. Mas do óbvio é impossível de fugir. Sem título isso não servirá para nada na cabeça do torcedor.

6- Com a pontuação que atingiu no prineiro turno, só um desastre tira o título do Corinthians. Só uma queda absurda e um sprint de outro time. Como os que estão logo abaixo disputam Libertadores, isso tem quase ZERO de chance de acontecer.

7- A imprensa amou o primeiro turno do Timão. Com a segunda maior torcida e portanto maior lucro com as notícias, essa viu uma campanha perfeita. Quando o time quase não chutava a gol e ganhava, achava normal e a chamava de “cirúrgica”. Quando outros fizeram o mesmo contra o Timão, foram criticados sem dedos pelos mesmos jornalistas. A estatística que Rogério ceni tanto falava foi ridicularizada pelos jornalistas. Já quando o Timão perdeu, foi enaltecida por muitos.

8- Os técnicos brasileiros estão muito atrasados em relação ao mundo. Um novo técnico que nunca dirigiu um time profissional está anos luz na frente de gente que trabalha há mais de uma década dirigindo times.

9- A ofensividade do futebol canarinho está em baixa. Times como Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo (2003) e o Palmeiras do mesmo Vanderlei (1996) são coisas do passado. Hoje obediência tática e futebol pragmatico são o tom do decadente futebol brasileiro. O que nos leva ao décimo item.

10- O talento individual brasileiro está se esvaindo. Claro, não é de hoje. O São Paulo tricampeão em 2008 já não tinha nenhum grande nome. O Corinthians de hoje não tem nenhum super nome ou craque. Até o lateral Fagner que Tite chama pra seleção brasileira não teria condições de jogar em nenhuma seleção brasileira do passado. Lembrar de nomes como Leandro, Carlos Alberto Torres e Cafu nos dão saudade. Tanto que hoje o ícone do futebol brasileiro, Neymar, é o espelho da era das redes sociais. Aparece muito mais por ter a namorada (ou ex) da Globo, por marketing, por estar numa ilha não sei aonde, e ainda vai para um campeonato fácil, em um país com pouca tradição, para encurtar o caminho e tentar ser melhor do mundo. Enquanto os melhores do mundo, de fato, são um argentino e português.