O Brasil se mostrou fraco contra o Equador no primeiro tempo. Com poucas chances de balançar as redes e com erros bobos, foi presa fácil para a defesa bem postada e esquema de jogo defensivo do adversário. Somente no segundo tempo do jogo que deslanchou, depois inclusive da entrada de Felipe Coutinho, que melhorou e muito as enfiadas de bola para os atacantes e a qualidade no meio campo. Nem Paulinho, nem Renato Augusto e principalmente Neymar não conseguiram o que o meia fez na segunda etapa.

Neymar que por sinal desagradou os comentaristas de Tv que apresentaram o jogo. Todos entenderam que o jogador está diferente. Até ouviu-se o comentário de que “foi sua pior partida destas 9 sob o comando do Tite” , aonde ele mais teria sido mais egoísta, tentando resolver tudo sozinho. A sugestão, claro, é que ele estaria mudando seu estilo por causa da transferência para o PSG. A teoria é que ele foi pra lá para ser o dono do time, o faz tudo e que em tudo manda dentro de campo.

Possível?

Sim, plausível que a ele esteja sendo imputada a responsabilidade de ser o dono da bola e fazer o PSG alçar voôs maiores além do fraco campeonato frânces. O tempo dirá se isso será viável e possível.

Mas se a seleção tiver sido a mostra, é preciso melhorar muito.

Neymar nunca foi o homem letal no Barcelona, jamais o que foi no Santos por exemplo. No Barça, ele era um jogador excelente e parte de um ataque letal que tinha Messi como o homem decisivo, em todos os sentidos. Messi joga por um faixa do campo muito mais difícil, central. Neymar joga pelo lado entrando para o meio, lugar que não tem ninguém atrás para pressioná-lo, com mais tempo para pensar o que se faz. Messi sempre foi muito rápido em poder de decisão e tem um índice de dribles, que resultam em gols, muito alto. Neymar ainda tem um caminho longo para fazer isso. O que se viu ontem foi excesso de individualismo que não resultou em nada. Sem contar dribles bobos em lugares nada estratégicos e faltas recebidas que parecem shows de encenação de teatro.

Neymar foi bem melhor do que isso. Pode ser ainda. No momento, não é.