A imagem de Carlos Alberto Torres levantando a taça na copa de 1970 está na memória de milhares de pessoas. Porque não de milhões ao redor do mundo. Fossem esses nascidos ou não. A imagem icônica foi eternizada. Simbólica de uma época que se foi.
? 17 de julho de 1944
? 25 de outubro de 2016
Clubes: Santos, Fluminense, Botafogo,
Flamengo, New York Cosmos e Califórnia Surf.
Seleção Brasileira de 1958 a 1970
O Brasil teve grandes laterais direitos em sua história, Djalma Santos, Cafú e Leandro vem à memória de qualquer fã de futebol. Carlos Alberto, por outro lado, está na memória não só por ter sido gigantesco jogador de futebol, e inclusive ter feito um golaço na final de 70 contra Itália, mas por ser símbolo da fase final de um futebol glorioso e campeão. Depois de 70, Só em 82 vimos um futebol genial, mas que perdedor, deu start a uma fase de declínio técnico e tático em nosso futebol. Tanto que em 1994 tivemos um futebol campeão que o que mais se lembra é Galvão gritando é tetra. Tão feio o futebol que vimos.
O declínio técnico deve ter sido doído para o “Capita” , que jogou ao lado de Pelé, Gérson e Tostão. A mesma seleção que teve Félix como goleiro. Trocando em miúdos, a seleção podia ter o atual combalido Denis no gol. Não interessa, faria o dobro dos gols que tomaria. Crítico e sem papas na língua, Carlos Alberto não poupava em seus comentários na SporTV os jogadores de hoje em dia. Não era pra menos. Sabia de longe que jogou muito mais bola que a maioria. E que hoje o marketing e a explosão de jogadores que são um décimo do que acreditam ser estava chegando a níveis insuportáveis.
Além disso, Carlos Alberto jogou em outra seleção: O Santos.
Vai-se um lateral fantástico, um homem de princípios. Vai cedo demais. Ou talvez tarde demais, se tivesse morrido junto com o futebol brasileiro mágico, que hoje vive de marketing e com a imprensa dando notícias a cada segundo do que jogadores fazem fora de campo. Era de Instagram, Facebook e Twitter.
Descanse em paz, Capita.