O futuro é impossível saber. O presente ainda é um uma breve brisa de renovação. Afinal de contas, estaduais não são ainda o carro chefe ou mesmo um excelente parâmetro para se saber do restante do ano. Mas Coritiba, Vitória, Novo Hamburgo, Flamengo, Corinthians e Atlético-MG dão um pingo de esperança rumo a novos ares.
O Brasil vem em queda de talentos já há alguns anos e a força do talento individual faz cada vez menos diferença nos campos brasileiros e especialmente com a amarelinha. Técnicos carimbados como especialistas, consagrados estão cada vez mais desatualizados. Um chega a dizer que não precisa aprender o idioma estrangeiro pra ser técnico fora. Outro toma de 7×1 e mostra carta de apoio da dona Lúcia em plena copa do mundo. Piada atrás de piada, os técnicos brasileiros não olharam pro próprio umbigo nem pro espelho pra entender o próprio estágio na carreira. E, às vezes, no meio de medíocres, alguém um pouco acima da média ou com um elenco mais qualificado ganha o que ilude o profissional técnico com os louros do título.
Fábio Carille, Pachequinho, Wesley Carvalho, Beto Campos, Zé Ricardo, Roger Machado (este não tão novato) são os nomes que devem a partir de agora ter o respeito e a torcida por um futuro diferente no futebol brasileiro. Que eles sejam apenas o começo. Que venham mais um monte deles para que o velho seja substituído. E não porque estão “velhos”. Mas sim porque muitos não pensaram em evoluir e estudar para se manterem atualizados na profissão. Como no mundo da política, o novo será MUITO BEM VINDO.
Não há mais lugar para o 7×1 no país do futebol. Que impere o trabalho árduo, a inteligência tática e a evolução como em qualquer outra profissão. Ainda mais, numa profissão de competição voraz, não há lugar para acomodados ou os que se consideram gênios por pequenas conquistas ou por já terem feito o nome. O futebol é uma profissão que exige a confirmação e superação a cada dia. Todos os dias do ano sem exceção.