Era 2008, Diego chegava às Olimpíadas de Pequim como grande favorito a medalha de ouro. No solo, era o bicampeão mundial, e com a melhor nota de classificação, foi à final olímpica. Hypolito fazia uma prova linda, mas na sua última acrobacia o ginasta errou e caiu sentado no chão, junto, caiu a chance de uma medalha em sua primeira olimpíada.
Em Londres, 2012, Diego teria a chance de apagar o erro de 4 anos atrás. Já não era considerado o grande favorito, mas vinha de um bronze no mundial, assim, poderia surpreender e buscar um pódio. O destino não foi tão bonzinho com o brasileiro, que caiu de cara no chão ainda na fase classificatória e nem avançou à final.
Chegou 2016. Brasil, Rio de Janeiro. Talvez não na sua melhor forma física, mas no seu melhor momento psicológico, Diego Hypolito evitou prometer medalhas e se concentrou em não sofrer quedas. Deixou claro que o objetivo era fazer um solo sem erros, depois de avançar à final com 15.500, conseguiu mais que uma apresentação sem falhas. Diego empolgou a torcida brasileira com uma prova que valeu, não só seus 15.533 de nota, como também um merecido lugar no pódio.
“Já aconteceu de tudo comigo. Eu tive depressão e fui internado. Eu me senti extremamente humilhado, mas quis enfrentar. A nossa cabeça acaba sendo o nosso maior problema, porque a gente deixa de acreditar na gente e deixa de trabalhar da maneira mais adequada. Já tive tantos altos e baixos na minha carreira e isso mostra, para qualquer pessoa, que todos nós temos o direito de errar”
Foram longos 8 anos, caiu, levantou e venceu. Prometeu não se aposentar antes da próxima Olimpíada em Tókio, 2020. O Brasil torce para que sejam mais 4 anos de treinamento e aperfeiçoamento para uma despedida ainda mais feliz para Diego Hypolito em Olimpíadas, que sem dúvidas nenhuma, merece.
“Em Pequim, caí de bunda. Em Londres, caí de cara. Aqui, caí de pé.”