O time da Chapecoense fazia um campeonato brasileiro mediano na tabela, mas muito bom em relação ao seu orçamento disponível. Ter chegado à final da Sul-americana foi o ápice da sua história. Bem gerido, foi um grande exemplo no ano 2016.
Quando neste dia 29/11 sonhos foram abortados pela sorte. Pela falta dela, mais especificamente. O futebol é o que menos devemos pensar no momento, mesmo se tratando de um time de futebol. Claro a comoção inicial vem do conhecimento do time. Afinal, quando morrem num acidente todas as pessoas de uma mesma delegação, fica a sensação de uma família que foi embora, sem dizer adeus. E no caso citado, da forma mais trágica, mais chocante.
E do lado de cá ficam todas as outras famílias, que viram seus mais queridos irem embora sem poder fazer nada. A dor será maior do que tudo durante um bom tempo. Com o que as pessoas comuns que nunca conviveram com eles só podem simpatizar e entender o sentimento da saudade que todos aqui na Terra um dia já sentiram.
Resta aos escribas o sentimento da empatia e do respeito não só pelos que ficaram, mas principalmente por um time inteiro e comissão técnica que estavam prestes ao maior feito da história do clube.
Reconstruir não será fácil. Temos outros exemplos na história. Torino em 1949 vem a memória. E em outros esportes também, como o time de futebol americano universitário de Marshall em 1970.
O momento da dor deve ser não só respeitado, mas também deve ter o suporte dos outros times. O mínimo a se fazer agora é dar ajuda. Hoje suporte emocional, amanhã deve ser suporte material. O clube precisará da ajuda incondicional da CBF, FIFA e dos clubes. Ceder atletas, ajudar financeiramente e fazer tudo que for de alcance para reerguer emocional e financeiramente a Chapecoense.
Nada pior do que um clube ver tudo ser colocado ao chão, com força tão brutal e de forma tão chocante. Mas isso passará e todos esperamos, a Chapecoense será ainda mais forte depois da ressurreição. Força Chapecoense.