A fotografia vive um tempo de paradoxo. Por culpa das redes sociais, a fotografia virou o instrumento mais usado para comunicação. Coisa de trilhão de fotos são produzidas anualmente. O “automático cerebral”, o botãozinho que existe dentro da cabeça das pessoas dispara toda e qualquer cena que quer ser compartilhada com os amigos, familiares e por aí vai.
Na hora de aprender fotografia, fica claro que essa chavinha no cérebro tem que ficar desativada. A vontade e a necessidade da prática fazem com que fotos sejam produzidas aos montes. E isso é mais que uma escolha lógica. É uma questão de sobrevivência no mundo da fotografia. A é essencial pra que se chegue a algum lugar. Na fotografia como em qualquer profissão, alguns anos são necessários para se tornar um mestre no que se está fazendo. Fotografe e fotografe muito. Henri Cartier Bresson dizia que suas dez mil primeiras fotos eram suas piores. A prática é essencial e só através dela e o domínio da técnica o resto fica livre pra ser exercitado.
“Suas primeiras 10.000 fotografias são suas piores.” – Henri Cartier-Bresson
Qual resto? sua criatividade, sua visão exclusiva que só você com seu histórico de vida tem. Portanto após a prática exaustiva o fotógrafo deve é colocar um pouco o pé no freio. Deve pensar muito mais no porque está tirando uma foto. Suas fotos devem se tornar mais seletivas. Devem se concentrar no desenvolvimento da arte fotográfica. Deve-se pensar muito mais pra aí então tirar suas fotos. O índice de acertos deve subir. A fotografia deve ser menos produzida. Menos quantidade deve ser feita. E mais qualidade deve ser alcançada. Quanto mais pensada em vez de simplesmente tirada, melhor será sua fotografia. Resumindo, o começo exige muita prática para o domínio da técnica. Depois o pensamento deve tomar conta. A criatividade. Você deve fotografar mais agora, pra depois fotografar menos.