Uma das maiores dificuldades na fotografia são cenas altamente contrastadas. Cenas aonde têm sombras profundas e altas luzes. Seja um contra luz, seja uma foto aonde colocamos a fonte de luz aparecendo ou várias outras aonde o contraste nos faz escolher em perder a parte de luz, “estourando” a parte clara, ou preservar a área clara e deixar se tornar preta a área escura da foto.
A “latitude” (capacidade de captar com detalhes as áreas tanto mais escuras quanto as mais claras de uma cena) de uma câmera digital é ainda muito menor que a do olho humano. Ainda menor inclusive, que de negativos PB.
Com os negativos podíamos muitas vezes expor para área escura de uma cena, e depois era só se virar na revelação. Acabávamos tendo detalhes nas áreas escuras e também nas claras (na medida do possível, claro). E mais, a área clara estourada tinha uma transição bem mais suave que na fotografia digital.
Pois a tecnologia pode vir a mudar isso. Uma patente registrada pela marca Olympus tem um conceito extremamente interessante: o sensor será exposto, em uma mesma foto, com tempos diferentes para áreas de luminosidade diferentes. Uma solução que só o avanço da tecnologia realmente permite. Assim ao fotografar, por exemplo, um contra luz, a área de trás muito mais clara ficará exposta por menos tempo que o objeto da frente que está no contra luz, conseguindo assim resultados que imitarão perfeitamente o olho humano.
Claro, é só uma patente, mas algo que se vier a se tornar um produto final, será sensacional. Tempos interessantes para os fotógrafos.