Que chegue de mansinho aperte o rosto com as duas mãos. Olhe no fundo dos olhos e diz que estava com saudades, que abrace. Mas de verdade bem apertado, daqueles que faz a gente sorrir involuntariamente após o ato. Que te segure na cintura e diga tudo o que pensa de você, da vida, do amor e que te ligue no meio do dia só para te provocar ou dizer: Ah! Liguei só para ouvir a sua voz!
Que se largue tudo em plena quarta feira e te convide para almoçar, traga belas flores à luz do dia pois ela te dará mais alegria, se não conseguir almoçar, surpreenda a noite no jantar, sim é lógico à luz de velas, economiza, energia elétrica, mas você ganha também um sorriso verdadeiro, da alma.
E os mimos? Que sejam sempre bem vindos e claro recíprocos de ambos os lados, que presentes não sejam questão que só o dinheiro pode comprar, seja um bilhete de folha de caderno pautado mesmo, lacrado em dobraduras delicadas, ou então solto ali ao acaso do lado do travesseiro ou dependurado na geladeira.
Que tal uma flor roubada? Um acordar juntos? Tomar um leite morno ao dormir, uma demonstração de carinho? Acariciar os cabelos?
Ah! Mais que as atitudes sejam mais valorizadas e as palavras sejam menos ditas, que a distância não signifique dificuldade, mas apenas uma saudade adormecida e dará um sabor especial no reencontro. Um andar de mãos dadas, tomar sorvetes juntos indo a pé até a padaria mais próxima, que se respirem em plena sincronia, juntos, olho no olho, deitar no ombro e uma hora de cafuné.
Como é bom e como nos fazem tão bem, respeitar a quem está ao seu lado, valorizar suas raízes, desenhar sua história, ter as bênçãos de pai e mãe, o carinho de irmãos, apoio da família, ser dono da sua história.
Quando amadurecemos e passamos pelo deserto da vida, onde temos toda a liberdade do mundo, mas pouca são as opções, aprendemos que a calmaria transforma amores irresponsáveis e coloridos em aquarela, sendo assim, nos aquarelando, admitimos que não nos caiba conhecer o que virá, mas sim, desejar que um dia, um amor tranquilo nos dê a graça de seus beijos com calma, pois todos merecem um amor tranquilo, até aqueles que em sua pouca coragem e vontade de sorrir desacreditem na sua aparição alegre.
O mundo precisa de mais amor, viver o suficiente e sem pressa, sem exageros, sabendo que a maior das riquezas está no coração, são os sentimentos, a calmaria dos nossos dias de fúrias, o antídoto para nossa tristeza, paz para nossos sonhos, se tivermos a capacidade de filtrar, peneirar amizades verdadeiras, elogios sinceros, amores eternos. Precisamos nos inspirar no amor ao próximo e trocar gentilezas, aprender a respeitar as nossas opiniões discordantes e não nos odiar nem nos matar por causa disso.
Viva a vida e aproveite as pequenas coisas da vida.