Enredo: Matthew Morgan (Michael Caine) ficou viúvo há três anos. Joan (Jane Alexander) o deixou perdido e sozinho após uma longa doença e agora ele, aposentado e já nos seus 80, tem um único compromisso semanal, uma aluna a quem ensina inglês nesta Paris onde ele se sente perdido, por não falar mais do que “por favor” e “obrigado”.
Uma coincidência qualquer coloca em sua vida a jovem professora de dança Pauline (Clémence Poésy) e logo surge uma profunda simpatia mútua. Ela injeta ânimo em sua vida e alimenta-se da figura que enxerga quase como um pai bondoso. Mas a saudade de Joan ainda pesa muito em Matthew…
E eis que o encontramos hospitalizado e descobrimos por que ele não quis voltar aos EUA: ele não mantém laços com os dois filhos, Karen (Gillian Anderson) e Miles (Justin Kirk), que agora vêm visitá-lo. Karen está mais preocupada em aproveitar Paris para as compras e Miles culpa o pai por ter monopolizado a mãe toda a vida e tê-la impedido de morrer ao lado dos filhos, a quem Matthew nunca deu mostras de carinho.
A presença de Pauline piora mais ainda a relação pai e filho, pois este vê nela uma aproveitadora. Mas algo mais profundo perturba Miles em relação a ela.
Avaliação: Um filme poético, e não é o pelo Poésy, sobrenome da bela protagonista. Sir Michael Caine e ela brilham, com uma química que só se vê nos melhores romances. Justin Kirk também dá o tempero certo ao filme, como o filho em permanente conflito com o pai e que a mesmo tempo busca reconhecimento e carinho da parte deste (missão difícil…). O drama familiar, até bem forte, é tratado com carinho e, ao final das contas, um enredo simples gera uma pequena obra-prima e um ótimo passatempo. Para ver, curtir e chorar.