O campeonato brasileiro está realmente surpreendente. o Corinthians de Carille é um furacão imprevisto por todos e por tudo. Provavelmente, nem o próprio Corinthians acreditava em números tão surreais. Se continuar assim, será o maior campeão da história da torneio. De “quarta força” nas palavras do próprio técnico Carille ao ser indagado no começo do ano sobre o potencial do time no paulista, a simplesmente o time mais cirúrgico e mais letal do Brasil.
E logo atrás quem vemos? O Flamengo. Crescendo de forma consistente e se acertando a cada rodada que passa, o rubro negro carioca está com um time forte e com a chegada de Éverton Ribeiro o time ganhou força considerável no meio campo (setor que tem meias de sobra para o treinador não ter problema algum em montar o time). Hoje enfrenta o Grêmio.
Não podemos esquecer um fato óbvio e não ignorável: os dois times são os times que mais ganham dinheiro da TV aberta. E claro, porque os dois times são os times com mais torcida do país. (o Rubro Negro em primeiro)
Se você lembra bem, quando o disparate das negociações de cotas foi implodido por Andres Sanchez que trabalhou pelo fim dos clube dos 13, a TV recebeu sérias críticas por estar beneficiando o Flamengo e Corinthians com suas novas cotas. Um abismo entre eles e os outros estava sendo criado. A acusação era, por parte de muitos dirigentes, de que eles queriam transformar o campeonato brasileiro em um campeonato espanhol da vida, aonde apenas dois times sempre são campeões, com exceção a um ou outro ano. Que querem beneficiar dois times em detrimento dos demais, monopolizando o campeonato e acabando com um campeonato que por tradição, tem pelo menos de 7 a 10 times com condição, todo ano, que podem ser campeões.
Verdade ou não impossível dizer. Mas que não é difícil imaginar que se os dois que ganham mais dinheiro em cotas estão na frente no campeonato, sorrisos e felicidade devem estar nos corações dos responsáveis pela distribuição das cotas aos times. Esse pode muito bem ser o campeonato dos sonhos da Tv aberta, para seus diretores claro. Pois para todos os torcedores dos outros times que não os dois da matéria, pode muito bem ser o início de tempos nefastos e que não terão volta. O tempo de esquecer títulos e pensar em participar de forma digna. Uma pena, mas a “espanholização” do campeonato pode finalmente ter chegado mesmo.